Foram precisos exatos 3 meses para que a British Petroleum conseguisse 'estancar' o vazamento de óleo que, de sobra, é o causador do maior desastre ambiental da história dos EUA. Fazendo uma simples conta de multiplicar, talvez não consigamos ainda ter a verdadeira noção da grandeza dessa 'mancha' de óleo.
Como havia falado antes (Um horizonte preocupante...), o óleo vazava a uma taxa de 795.000 litros/dia. Multiplicando 795 mil litros por 91 dias encontramos 72.354.000 litros de óleo cru espalhado pelo mar, tanto na superfície, quanto ao longo da coluna d'água.
A equipe de contenção, que conta com cerca de 40.000 pessoas e mais de 5.000 embarcações, conseguiu recolher, ou queimar 'controladamente', parte desse óleo, mas a imensa maioria dele ainda está no Golfo do México ou já atingiu a costa.
A empresa britânica já demonstrou por diversas vezes que prefere pagar pelos erros do que tomar medidas para evitá-los. As multas aplicadas pelas autoridades norte-americanas, nos último 5 anos, chegam a cifra de US$ 485 milhões, quantia que mais parece 'trocadinho' perto dos US$ 5,65 bilhões de lucro conseguido somente no 1º trimestre de 2010.
A preocupação se manisfesta quando transporto esse cenário catastrófico para águas tupiniquins, uma plataforma continental repleta de enormes quantidades do "Ouro Negro", na iminência de uma exploração em grandes profundidades (Pré-Sal).
Será que estamos preparados para uma tragédia desse tipo? Será que a nossa legislação ambiental está bem amarrada em relação à possíveis vazamentos dessa magniutude? Mesmo em caso positivo, será que as autoridades serão capazes de fiscalizar tais explorações? Será que teremos um plano de contingência eficaz para um acidente nessas proporções?
Para ajudar na reflexão, fica aqui mais algumas imagens