Pois bem. O Tubarão, injustamente e provavelmente o animal mais temido do Planeta, representa o resultado vivo desse tempo de evolução, expressando assim o incomparável nível "tecnológico" que a natureza pode atingir.
Graças ao filme Tubarão - criado em 1975, dirigido pelo hoje renomado diretor cinematográfico Steven Spielberg, com o nome original Jaws, baseado em romance de mesmo nome de Peter Banchley, que narra a saga de um tosco "robô-tubarão-branco-assassino", que aterroriza a população de uma cidade do litoral norte-americano - a enorme maioria da população mundial tem medo, chegando a algums pessoas apresentarem verdadeiro pavor desses animais (Selachofobia).
Dados estatísticos mostram que a ocorrência dos tão temidos ataques a seres humanos são exageradamente amplificadas, uma vez que animais como corcodilos, serpentres marinhas, hipopótamos, abelhas e até os nossos melhores amigos caninos, são responsáveis por um maior número de ataques fatais do que os tubarões.
O que muitos consideram um brutal assassino, nada mais é do que um predador quase que perfeito, que possui eficientes adaptações fisiológicas, comportamentais, hidrodinâmicas, sensoriais, reprodutoras, entre outras mais, que lhe concedem o degrau mais alto na "escada alimentar", um lugar privilegiado na teia trófica marinha. Talvez a espécie que melhor respresenta essa evolução "tecnológica" seja o Tubarão Branco (Carcharondon carcharias). Seu corpo fusiforme e de grande robustez (pode medir até 8 m e pesar até 2 ton), associado ao formato cônico do focinho, ao formato de suas nadadeiras e a presença de um pedúnculo caudal, lhe conferem uma capacidade de atingir enormes velocidades de locomoção. Seus dentes possuem cúspede em formato de pirâmide e são revestidos por 3 camadas de esmalte. Estima-se que um indivíduo adulto utilize, ao longo de todo o seu ciclo de vida, até 3 mil dentes. Isto porque eles não fixos por raízes, e graças ao sitema de "esteira-rolante de dentes", são facilmente substituidos quando perdidos no ato da mordida.
Aliás, as mordidas são ainda mais potencializadas por uma adaptação na mandíbula do tubarão branco, uma vez que o maxilar superior é unido ao crânio por um tendão frouxo - não fundido a ele, como o nosso -, o que permite uma maior abertura e a projeção da mandíbula.
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Seu olfato funciona tão bem que é capaz de detectar sangue na água do mar a uma concentração de 1 ppm (parte por milhão). Sua audição, responsável pela detecção de vibrações de baixas frequencias, lhe permite perceber um peixe debater-se a uma distância de 250 a 600m. Já sua visão, segundo a maioria dos estudiosos, não funciona bem à grandes distâncias, ficando sua precisão restrita a, no máximo, 15 metros. Entretanto, mesmo assim, existe uma menbrana nictiante que proteje os olhos contra um possível ferimento causado por uma presa abatida ao se debater.
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